quinta-feira, 1 de maio de 2008

Mãe Maravilha

A atriz atingiu a maturidade ao se tornar mãe. Workaholic desde adolescente, Giovanna parou tudo para desenvolver uma saudável cumplicidade com o filho único. Hoje comemora o equilíbrio entre maternidade e carreira.

Por Mariana Sgarioni

"Pietro, vamos colocar a roupa de príncipe? A mamãe já virou princesa e está só esperando por você, meu pequeno encantado.” Foi assim que a atriz Giovanna Antonelli, 32 anos, conduziu a negociação com o filho, que completa 3 anos no próximo dia 24. O menino ganhou carta branca para montar o próprio visual. E não titubeou: escolheu primeiro as botas e em seguida a camisa. Bem-humorado, tirou a chupeta da boca – afinal, príncipes não chupam chupeta, como lhe ensinou a mãe –, abriu um sorrisão e se divertiu fazendo caras para a câmera. Ninguém diria que aquela era a primeira vez de Pietro numa sessão de fotos, em um estúdio profissional. Ele encarou tudo com naturalidade, sinal de que tem o sangue e a alma de artista, herdados da mãe e do pai. A delicadeza com que Giovanna lida com o garoto deixa clara sua vocação para a maternidade. “Vivo para Pietro. O resto fica em segundo plano. Conheço cada choro, cada respiração do meu filho – ele é o meu parceirão”, resume. A vontade de ser mãe, ressalta a atriz, sempre foi seu principal projeto de vida. “E tinha que ser antes dos 30”, lembra. Engravidou aos 29, depois de planejar o filho.
Assim que a barriga apontou, decidiu dar ao bebê o nome de uma das pessoas que mais ama: o irmão mais velho, o advogado Leonardo Pietro Antonelli.
Como a gravidez transcorreu quase num sopro, de tão tranqüila, Giovanna só tomou ciência dos desafios da maternidade ao voltar da Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro, com Pietro, 3,660 quilos e 50 centímetros, embrulhadinho, no colo. “Antes, ele estava dentro de mim, protegido no meu corpo. De repente, vi ali um serzinho que mal conhecia, cheio de incógnitas, mas que ao mesmo tempo me dava a idéia de uma cumplicidade profunda”, diz. Vencidas as dificuldades do pós-parto e aquele período em que a mulher oscila entre o medo de não dar conta do recado e a certeza de que tem plenos poderes, Giovanna começou a redigir o “Diário do Pietro” entre as mamadas. O livro, guardado em casa, revela a evolução do bebê. Contém ainda as impressões dela sobre o choro e trivialidades do tipo: primeiro corte de cabelo e primeira visita ao pediatra.
Tudo na vida de Pietro está devidamente documentado por uma mãe que resolveu tirar um período sabático. Foram 12 meses de licença-maternidade, que a Globo respeitou não escalando a atriz para nenhuma produção. Um privilégio e tanto quando a licença regulamentada por lei, no país, permite que a mãe se ausente do trabalho para cuidar do filho por quatro meses. “No começo, eu precisava ficar 24 horas com Pietro, cuidando e observando.” Giovanna não se preocupou com mais nada. Nem mesmo com os 20 quilos que a gravidez lhe rendeu – na hora certa, convocou uma nutricionista e um personal trainer para, em nove meses, reduzir os excessos. Sobre a pausa na carreira, ela diz ainda: “Não podia ser diferente. Sou workaholic, não conseguiria dividir as atenções entre as gravações e um bebê. Então, tive que parar tudo para aprender a ser mãe. Depois de Pietro, mudei muito”.


HISTÓRIAS PARA O FILHO
A atriz, que atua desde os 13 anos, conta que já atingiu a conciliação das atividades profissionais e pessoais. Seu primeiro trabalho foi em 1989, na extinta TV Manchete: era assistente de palco do programa infantil da Angélica. Depois de testes na Globo, em 1994 estreou em TROPICALIENTE. Fez nove novelas, incluindo duas da Manchete, TOCAIA GRANDE (1995) e XICA DA SILVA (1996), ao retornar à Rede Globo, ele viveu papéis marcantes, como: Capitu, a garota de programa de LAÇOS DE FAMÍLIA (2000), Anita Garibaldi, da minissérie A CASA DAS SETE MULHERES (2003) Clarice, de SETE PECADOS. Atuou também em sete longas-metragens.
Da galeria de papéis, tirou prazeres inesquecíveis. Alguns ocorreram na gravação da minissérie AMAZÔNIA – DE GALVEZ A CHICO MENDES (2007), quando nadou em rios, no Acre e no Amazonas, pescou piranhas e viu de perto botos selvagens. Giovanna contou a Pietro todas essas histórias, caprichando nos detalhes, para que ele curtisse um pouco das emoções que ela sente ao atuar – embora nem sempre tenha um retorno confortável, como na vez em que viveu a vilã Bárbara, em DA COR DO PECADO (2004).
Por causa de Bárbara, a atriz teve dificuldades para contratar Marli Moreira, que, embora acostumada com celebridades (já havia trabalhado com a apresentadora Luciana Gimenez), relutou em aceitar o emprego de babá de Pietro. Sempre que olhava para a mãe do menino, enxergava as maldades de Bárbara. “Eu pensava que Giovanna fosse muito má, não queria nem ficar perto. Mas logo vi que é um amor”, diz Marli. A babá tornou-se a fiel ecudeira, que acompanha Pietro, desde o primeiro mês de vida, até nas muitas idas ao exterior.


ALBERGUE DA JUVENTUDE
Giovanna estimula o filho a viver bem em grupo. Ensina-o a respeitar as pessoas, a agradecer. Faz isso espelhada na própria criação. Filha da bailarina Suely Antonelli e do cantor de ópera Hilton Prado, aprendeu cedo a cultivar amizades. Fazia peças de teatro com as crianças da sua rua, no Leblon, no Rio de Janeiro, e, no final do dia, levava todas para casa. O entra-e-sai era tão animador que, na adolescência dela, o local ganhou o apelido de 'albergue da juventude'. Vem daí o desejo de ter uma grande família: “Quero outros filhos. Acho que o mundo pode ser bem melhor”. Giovanna tem certeza de que há, entre nós, pessoas fazendo a diferença. São “anjos da guarda”, que executam pequenos gestos de ajuda. Não tenho religião, mas tenho fé em Deus e no ser humano. Para viver, é preciso crer no homem”, diz. Pensando melhor, faz a ressalva: Mas há também pontos ruins, como a violência urbana, que provoca um medo terrível”. Ao falar sobre o medo, baixa a voz. “Não gosto que Pietro ouça essas coisas. Não quero passar para ele os meus temores.” Enquanto isso, Pietro, já cansado, abre o choro, e com. Giovanna entende, mas o repreende com firmeza impecável. Ele olha nos olhos da mãe e, sedutor, pergunta: “Mamãezinha, você está brigando comigo? Ou você só está conversando?” Pronto, em segundos se desmancha o modelito linha-dura de Giovanna, que responde: “Estou conversando, filho”. Ela abraça o garoto, se despede e vai embora com a leveza de quem prefere uma boa prosa a ditar uma porção de regras.


Reportagem: Mariana Sgarioni
Fotos: Nana Moraes
Realização: Noris Martinelli
Produção: Sylvia Radovan
Cabelo e maquiagem:Jesus Lopes

(Fonte: www.claudia.com.br)

4 comentários:

Anônimo disse...

que reportaje, tan tierno yo la entiendo porque tambien soy madre y es maravilloso...GIOVANNA Y PIETRO UNOS DULCES TOTALES...

Anônimo disse...

=D

Sao lindas as 2 fotos tiradas a gi e ao Pi :D

Sao mesmo lindooooss

A melhor foto é o do Beijo... =D

Beijooos*

Ana Araujo*

Wilyah Schmitt disse...

É sim.. a Gi e o Pietro, estão lindos mesmooo...

;D

Unknown disse...

Giovannaaa!!
A mamãe maravilha" ieueiueiuei :D

Lindas as fotos* Ele um fofo.. e ela maravilhosaa!!